quinta-feira, 4 de março de 2010

Tirei aquilo de mim e do papel vou rasgar, com o tempo isso sai do meu coração, é irreversível

Joguei todas as cartas que te escrevi na semana passada, no dia em que marcamos de nos encontrar.
É que você não foi me encontrar e eu tola como sempre fiquei a esperar.
Joguei as suas cartas foras, só pra não lembrar.
De todas as mentiras nas entrelinhas e de todo o verso morto, de tuas palavras que são quase cheias de amores, quase.
Tirei tudo de mim e de todos os papéis vou rasgar.
É só pra não lembrar.
Que amanhã ainda vou continuar a te amar.
Só pra não lembrar da minha estupidez de ter achado que dariamos certo.
Só pra eu tentar ser feliz nesta casa, onde eu chamo de "lar".
Neste quarto onde eu me encontro agora a escrever...teu cheiro está no ar.
E isso me incomoda amor, teu cheiro no meu quarto me impede de lembrar de te esquecer.
Não vou deitar na minha cama.. só pra não lembrar que lá tu já esteve.

Estou tirando estas palavras de mim...
E todos os papéis rasguei.
Quem sabe com o tempo isso sai do meu coração (ou não, é ilusão.)